Esse post abaixo foi a coisa mais Twitter que eu publiquei em todos os tantos anos desse troço.

Sonhos

Putz, sonhei com o Liminha. Ele tinha um filho que era ele reduzido em escala que também era animador de palco. Depois tudo virou um tumulto e mudei de sonho.

Achei o episodio. Chairman of the Bored, publicado em 02 de novembro de 1993, 32° episodio da primeira temporada. Voce ja deve ter passado por isso.

clique: Chairman of the Bored ou Bolinhas de Queijo

Bolinhas de Queijo*

O nosso sinal de SIM com a cabeça na Bulgária significa NÃO e vice-versa.

Estou abrindo um representante aqui. Indicação do meu proprietário. Tá indo bem. Um mercado galopando com dinheiro europeu e com metas definidas pra entrar na Comunidade. Ainda tem cheiro de URSS mas vai que vai.

Hoje soube que a Dilma vem aqui. Visitar o país do papai búlgaro. O povo aqui é muito gente fina. Simpáticos as pampas.

Mas o cara que está me acompangando fala muuuuuuuuito. E de coisas sem nenhum sentido pra mim, referente ao seu passado profissional, moldes de lentes, operações industriais e tantas outras coisas. Tenho que ficar puxando o cara pro nosso negócio senão ele vai voando.

Além disso o bicho pegando no escritório. Turbulência na força. Tenho que ficar quieto pra não fazer besteira.

Agora, jantando no hotel sozinho ouvindo um piano bacana.

*Animaniacs

Trabalhando

A ausência de tudo e de todos. Ontem comecei o dia às 8h - pausa de 10 minutos pra engolir pedaços de alimentos - e cheguei em casa às 22h. Ana, Gabriel, água, banho, mala. Durmo às 0h30 e coloco o despertador para às 4h30. Acordo de 30 em 30 minutos pensando que perdi a hora. Banho, check, double check e vou pra estação. Respondo e-mails atrasados desde às 5h20. Corro, "trem pra Milão sai em 7 minutos" o falante anuncia, corro com nitro, maquininha de passagem, maquininha que timbra e trem. Respondo e-mails que responderam em cima daqueles das 5h20. Trem fedido e mais e-mails. Cochilo e babo. Milano Centrale. Buscar o ônibus que vai pra Bergamo. Sentei e escuto agora mil línguas e sotaques. Um francês fede aqui perto e explica como é grande uma certa praia. Avião pra Bulgária sai às 12h30, chego em Sofia perto das 15h. Vôo da Wizair que tem poltronas amarelas PSDB que dá dor de cabeça só de pensar. Como pode feder às 8h da manhã indo pra um aeroporto?

Entende?

Teste

Teste



















Faz tempo que nada acontece por aqui. Eu sinceramente sinto falta de falar sozinho. Principalmente de poder falar bobagens em períodos curtos.

Hoje contemplei a mediocridade humana concentrada em um único ser. Foram 3 minutos de um monólogo repleto de frustrações. Sabe quando você consegue escutar sob as palavras proferidas um sonzinho que se tocado de trás pra frente diz algo como "sou infeliz e meu pau é minúsculo"?

Foi tão idiota que nem raiva deu.

Só me fez pensar nos porquês.

Onde a gente aprende que se sua vida está uma merda o único caminho para a felicidade é transformar a vida de todos em sua volta numa merda ainda maior? Minha angústia está sempre nos porquês.

Explico. Estou trabalhando como um jumento. Escolha minha. Não reclamo e acho justo. Já é difícil sozinho romper cultura, idioma, conceitos, preconceitos... ganhar confiança de pessoas que topam o desafio e, literalmente, investem em você e na sua idéia. Adicione a isso tudo a necessidade diária de resultados. Salpique pequenas doses de revés que fazem parte do jogo. Aliás, boas notícias tendem a ser a excessão de uma partida com regras complicadas. Esse cenário já está completo? Não, não... Alguém dorme e acorda pensando em meios de transformar o seu desafio em algo mais tenso, mais dantesco e mais lento possível.

Não dá pra entender. Não tem sentido nenhum.

O cara trabalha comigo. Vive do passado porque nem no presente e nem no futuro encontra sequer um ponto do qual se orgulhe. Faz de conta que trabalha muito. É antigo no sentido pejorativo da palavra. Se tornou um velho muito jovem e se arrepende da maioria das coisas que nunca fez. Nunca precisou se esforçar muito e isso certamente faz falta. Vive perigosamente num ambiente seguro e torce para encontrar diariamente alguém mais infeliz que ele.

É triste. É chato. Toma tempo. Não resolve.

Por favor, não chova no desfile dos outros. Por favor, ajude ou não atrapalhe.

E se você, caro leitor, faz isso com alguém. Pára com essa merda.




O que falar de L.A. Zombie?

Sexta-feira acabou tarde pra mim. Respirei fundo e aceitei o convite da Ana de ir ao cinema. Está acontecendo aqui o Torino Film Festival. Pensei então: Porque não? Me dei um pouco de vida.















Fomos então ao Cinema Massimo. Centro da cidade. Um pouco de fila e entramos na sala. Entra o diretor do filme Bruce Labruce e uma intérprete. Uma apresentação do filme é feita por um mestre de cerimônias que segue fazendo algumas perguntas ao diretor. Nem Ana e nem eu havíamos lido a sinopse do filme. Nunca tinha ouvido falar do diretor ou de qualquer referência do trabalho dele. Estávamos esperando pra ver um filme de zumbis. Zumbis aliens.

Simpático, Bruce Lebruce começou a explicar o porquê de ter optado em fazer um filme de Zumbis Aliens Gays. Whaaaaaat?

"A idéia de colocar um zumbi alien gay que não come carne e não mata mas sim, faz sexo com os cadáveres para lhe dar a vida através do sangue que ejacula de seu pênis enorme... Foi criada para confrontar a idéia de que a AIDS é uma forma de gerar zumbis. O sangue. O sexo. A doença."

Sinceramente. A idéia é boa. Pelo menos a idéia da metáfora.

Terminada a entrevista e a apresentação do diretor, um certo clima de Pooooutz tomava conta de nós dois que, aparentemente, eramos os únicos a não saber da história do filme.

Mas uma coisa eu tenho que admitir. O diretor deixou muito claro: Trata-se de um filme pornô gay com um zumbi alien.

"Começaremos com um curta metragem de autofagia digital feita com clássicos filmes de terror por Nicolas Provost. Depois temos um trabalho do artista Sterling Ruby chamado Triviality com o ator pornô Tom Colt se masturbando em um quarto."

Daí largamos os bets. Dois perdidos num cinema com uma barra pesada pela frente. O curta do Nicolas Provost é um trabalho excelente de conceito e de edição. Recomendo ver o site. Depois vimos um cara esquisito em pé no meio de um quarto fazendo justiça com as próprias mãos enquanto um cidadão repetia frases sobre o conceito da violência.

Eis que então, começa o L.A. Zombie. A história é muito simples. Um zumbi vaga pela cidade de Los Angeles e come os cadáveres que encontra. Come no sentido metafórico, claro. Necrofilia extraterrestre gay. Requintes de sadismo foram incorporadas no roteiro. O membro do zumbi era colocado nos buracos de tiros, facadas.... tenso. E, depois que o zumbi despejava seu sangue sobre as vítimas elas viviam de novo. E ele continuava vagando e comendo. Depois que ele traçou uma galera ele foi embora. Simples assim.

Sabe o que pareceu? Um filme pornô gay com historinha.

Respeito o trabalho do Bruce Lebruce. Ele tá causando uma certa polêmica com o L.A. Zombie. Chegou a ser vetado no festival de Melbourne. Porém, achei o meu limite de interpretação de arte. Para mim foi um filme pornô gay com historinha mesmo. Com historinha ruim, de fato.

Cheguei aos 35 anos com uma única certeza. Vim ao mundo para conviver com zumbis. É um dom. Já lutei contra isso por muitos anos mas hoje evolui e aceitei. Sou uma pessoa mais feliz agora. Apenas espero o dia que terei que liderar alguns sobreviventes.


Assistindo Walking Dead - que gosto muito - posso ver alguns erros clássicos cometidos por seres humanos tomados pelo medo e desprovidos desse dom que tenho eu.

Senhores, por que não, futuros sobreviventes. Tenham desde já em suas mentes que os Zumbis podem ser combatidos facilmente e devem ocupar no mundo espaço reduzido e serem meros seres inconvenientes. Chatos como mosquitos. Simples assim.

Se você decidir morar com seus amigos em uma floresta de uma pedreira, por favor, cerque bem o perímetro. Latinhas e fiozinhos são parte de uma estratégia de gente amadora. Estamos falando de cerca dupla com um espaço superior a altura da primeira cerca. Por favor. Quanto tempo ocioso se tem durante o apocalipse, hein? Tira essa preguiça do corpo.

Outra coisa. Você sabe que zumbi é atraído pelo barulho? Pega um carro tunado abandonado em algum lugar, mete ele no centro de um estádio e cria uma porteira que só permita a entrada. O importante é reduzir o número de transeuntes putrefatos que circulam entre a sua base e sua fonte de suprimentos. Use túneis, grandes indústrias, parques...

E uma última dica. Tá precisando pegar a bolsa de armas? Esqueceu alguém algemado? Precisa procurar um carro tunado? Está simplesmente com tédio? Pega uma escavadeira e vá com fé meu filho.



Logomarca esquisita. Tirei essa foto quando fazia um documento. Perturbador.







Existe uma tensão no ar. Alguém mais sente? Não sei explicar exatamente mas a atmosfera está um tanto quanto densa. Pensa macro, macaco. Não escrevo aqui recadinhos ou textículos com intenção de portar informação a um ou a outro. Esse sentimento estranho é meio que em tudo, sabe como? Acho que o ciclo tá chegando no ponto do recomeço (é possível isso?). Coisas ruins pra depois coisas boas.


1. Roubaram nossas bicicletas;














2. Meu documento deve ficar pronto semana que vem;

3. Ainda não temos um sofá;


Em tempo: http://migre.me/1mgcU

Fui buscar minha bicicleta no conserto. Vamos para a bundagésima tentativa de levar uma vida mais saudável e inteligente.

A cidade é propícia para bicicletas. Plana e com ciclovias, cerca de 400 km de vias especiais ou compartilhadas te levam pra lá e pra cá de forma rápida. Os motoristas, grande maioria, respeitam e evitam atropelar você. Não ser atropelado é bem legal.


















Colocando um pouco de chatisse no texto, a bicicleta me traz sempre a mente como o ser humano é esquisito. Não sou contra carros, entenda. Sou a favor do consumo consciente. Um carro por pessoa - comum como bunda - é ridículo. Vão nos achar estranho no futuro como achamos estranho aquela história de jogar cocô pela janela. Carro não utilizado de forma inteligente, pra mim, nada mais é que uma forma de compensar o tamanho do seu... tênis.

Tem outras coisas perturbadoras. A natureza, propriedade de uma força maior que chamarei parafraseando Vinicius de Senhor das Esferas, nos presenteia com fenômenos infinitos e limpos. Luz solar, força das marés, energia eólica, magma, relâmpagos... tudo ali. O Senhor das Esferas colocou o petróleo pra dar um gás (com trocadilho) no desenvolvimento mas não era pra ficar nisso pra sempre. Não era pra construir o desenvolvimento mundial em torno disso.

A bicicleta tá na mesma lógica. Faz bem pra saúde, pro bolso, pro mundo mas a grande maioria ainda prefere ir de carro.

Vamos ao que me incomoda mais no momento. Acabei de ler que a pesquisa Datafolha apontou Romário e Tiririca como primeiros colocados para ocupar vagas no Congresso.


Observe o seguinte. Não estou julgando capacidades. Deixo o benefício da dúvida falar mais alto e espero, sinceramente, que ambos façam um bom trabalho. Porém, não podemos largar a mão da lógica.

O racionalismo aponta para uma piada de muito mau gosto. Acredito que o processo democrático está sendo, eleição após eleição, ridicularizado e banalizado. Ninguém mais acredita que um político eleito fará alguma coisa. Esse fato pode ser interpretado de duas formas. Uma é que somos bunda mesmo e que vamo que vamo e o importante é a seleção canarinho, birita e bunda e outra, mais provável, indica o início de um ciclo que já foi visitado por muitas republiquetas como a nossa.

Quando a democracia entra em colapso, não necessariamente necessita de um fato muito importante basta ela perder a importância para a nação, grupos organizados ganham força por portarem uma ética e uma ideologia. Esses grupos, liderados por pessoas com motivação duvidosa e nem sempre com preparo para absorver poder, passam a ser a representatividade de governo e daí para uma revoluçãozinha é um pulinho.

Embora pareça que o brasileiro é desorganizado e peido de véia e que não faria isso, lembro que pessoas separadas são diferentes de pessoas aglutinadas. A massa vira um organismo disforme e cheio de coragem.

Tomara que eu esteja viajando. O problema que esse filme já passou.

Vamo que vamo.

Muito tempo sem escrever.


Definitivamente preciso voltar a escrever.


A Verdadeira COPA DO MUNDO...

















ou OBRIGADO MARILDE!

Vem pro pau, semana do tibinga.